Chamada de trabalhos: até dia 30 de março de 2025
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Nas últimas três décadas, o jornalismo foi confrontado com um conjunto de inovações tecnológicas que impactaram fortemente a atividade. Uma das grandes mudanças foi o aparecimento dos jornais online – que em Portugal surgiram precisamente há 30 anos – uma situação que implicou a reorganização dos grupos mediáticos. Para além dos jornais, a Web trouxe também os blogues, as redes sociais, os motores de busca e os repositórios multimédia, revolucionando por completo o ecossistema mediático.
Depois da Internet, os dispositivos móveis e a Inteligência Artificial vieram alterar ainda mais o processo informativo, criando um ciclo contínuo de desafios para as empresas de comunicação. E assim se chegou ao ponto atual, em que os media lutam pela sua própria sobrevivência naquele que seria o seu elemento natural: a informação.
Porém, quando existe uma saturação informativa cria-se igualmente o ambiente para a propagação da desinformarção, seja por ação intencional dos emissores, seja pela incapacidade dos media tradicionais manterem o nível o seu qualitativo ou, ainda, pelas crescentes dificuldades de interpretação por parte das audiências.
Em 2009, alguns destes problemas levaram à organização da primeira edição dos Encontros da Montanha para discutir o papel dos dispositivos móveis no jornalismo. Três anos depois nascia o congresso JDM que, em 2023, passou a JDMIA para juntar a Inteligência Artificial aos temas abordados uma vez que a temática já tinha sido discutida na edição anterior.
Em 2025, este congresso bienal cumpre a sua sétima edição e procura reunir novamente a melhor investigação desenvolvida no espaço ibero-americano. Para além do jornalismo móvel e da inteligência artificial, nesta edição haverá uma mesa dedicada aos 30 anos do jornalismo na Web e outra dedicada ao papel da literacia mediática (educomunicação) numa sociedade afetada pela superabundância informativa.