Edit Content

grupo de artes

Investigador Responsável: Francisco Paiva

grupo de comunicação e media

Investigadora Responsável: Gisela Gonçalves

Siga-nos:

NEWSLETTER

Publicação de Comunicação

A TELE-REALIDADE – O PRINCÍPIO DE PUBLICIDADE MEDIATIZADO

Não existem muitos livros, dentro do espaço lusófono, em torno do tema da televisão de realidade. E mesmo aqueles que se ocupam do Reality-Show fazem-no de acordo com propósitos específicos centrados na análise da programação televisiva. Além disso, a própria televisão de realidade (Reality-Television) é, habitualmente, sobretudo no contexto anglo-saxão, associada ao Reality-Show, como se entre os conteúdos televisivos e a utilização social do medium televisão não existisse qualquer diferença. Isto configura um entendimento onde o género televisivo é assimilado à função televisiva que esse género preenche.

A obra que agora se dá à estampa pretende, não apenas colmatar a ausência de análises em torno deste tema, como também ousa esboçar linhas de orientação que permitam distinguir o género televisivo da função social da televisão. Intenta, assim, contemplar a relação entre televisão e sociedade. O seu objecto central de análise é a configuração contemporânea da televisão de realidade.

Porém, o seu ponto de partida não é o programa televisivo de realidade mas o estudo da televisão de realidade a partir de uma perspectiva comunicacional. Tendo por orientação metodológica as Ciências da Comunicação, o livro investiga a televisão de realidade a partir da sua dimensão pública. Por esse motivo, e dado o objectivo particular da reflexão, preferimos falar em “tele-realidade”.

Por tele-realidade entendemos a função publicitária que a televisão desempenha através da construção televisiva, semiótica e narrativa da sua grelha programática. Ela baseia-se numa função social fática operada pela reprodução simbólica da sociabilidade. O que está em causa, no fundo, é a mediatização televisiva da publicidade (entendida como qualidade pública) e o modo como a televisão contribui  para dinamizar os processos simbólicos que perpassam nas nossas sociedades.

AUTORES / EDITORES

Samuel Mateus

COLEÇÃO

Livros LabCom

ANO DA EDIÇÃO

2013

ISBN

978-989-654-112-5

Please wait while flipbook is loading. For more related info, FAQs and issues please refer to DearFlip WordPress Flipbook Plugin Help documentation.

Please wait while flipbook is loading. For more related info, FAQs and issues please refer to DearFlip WordPress Flipbook Plugin Help documentation.

Índice

Prefácio  1

Capítulo 1 - Programa televisivo de realidade e Tele-realidade : dois termos para o mesmo objecto? 15

1. Percursores dos Programas Televisivos de Realidade  19

2. Influências na Constituição dos Programas Televisivos de Realidade  20

Capítulo 2 - Entre Procedimentos Ficcionais e Realidade  27

1. A Pretensão de Realidade e a Autenticidade  29

2. Dois Tipos de Pretensão de Realidade  32

3. A Tele-Realidade não é Ficção  33

4. A Ambivalência do Discurso da Tele-Realidade  37

Capítulo 3 - Uma Nova Afinidade entre Privacidade e Publicidade  45

1. Um Novo Regime de Verdade – a subjectividade  48

2. A Televisão Íntima  50

Capítulo 4 - A Proto-Política  53

1. A Micro-Política do Quotidiano  55

2. Tele-Realidade e Cidadania  57

3. A Adesão Emocional da Mostração  60

4. Políticas do Quotidiano e Modalidades de Composição dos Públicos  63

Capítulo 5 - A Integração Social na Tele-Realidade  67

1. Indivíduo e Sociedade  69

2. Religião e Tele-Realidade  76

3. A Televisão Relacional  81

4. A Ideia de Comunidade   89

Capítulo 6 - A Conversação e o Debate   95

1. A Explanação Televisiva  97

2. A Recepção Crítica dos Debates  104

Capítulo 7 - Visibilidade e Sinopticismo  107

1. O Carácter Testemunhal   108

2. A Relação Sensível Introduzida pela Visibilidade  110

3. Escopofilia  112

Capítulo 8 - Individualizações  115

1. A Psicologização do Participante (e do Espectador)  117

2. A Televisão Confessional   118

3. A Televisão Traumática  120

4. A Função Terapêutica  123

5. A Extimidade como Traço Fundador   127

6. A Inflexão Ética  130

Conclusão - O Prazer das Imagens e a “Aldeia Global”   135

Bibliografia  141
cima