Publicação de Comunicação

JORNALISMO DE BEIRADAS: A TRANSGRESSÃO NO PROCESSO PRODUTIVO E CRIATIVO DO JORNALISTA JOÃO ANTÔNIO

João Antônio foi escritor e jornalista de beiradas. Tanto seus personagens literários quanto seus personagens reais expostos nas reportagens que fez ao longo de sua curta carreira jornalística tinham perfis característicos: eram excluídos, sujos, feios, justamente aqueles que passavam longe das páginas de jornais e de revistas. Eram as beiradas da sociedade que forneciam o combustível para a motivação da escrita de João Antônio. Era nas beiradas que ele, de alguma forma, construía o acontecimento, formatava o personagem, escancarava uma sociedade corrompida e injusta. E fazia isso de forma transgressora diante das normas e práticas jornalísticas existentes.

Através dos documentos do processo de João Antônio, a trajetória desta pesquisa procurou definir de forma mais clara os marcadores de autoria justamente para chegar ao momento em que o jornalista passou a se valer do jornalismo de beiradas e sua forma transgressora de produção e criação. Nesse contexto, perguntas como “que mecanismos foram acessados por João Antônio na composição de suas reportagens?”, “como esses mecanismos foram acessados?” e “para que foram acessados” tornaram-se importantes para desvendar esse caminho. Outra problematização buscada foi a de que se o percurso do desenvolvimento na escritura de João Antônio teve ou não outra configuração a partir do momento em que foi publicado na revista e, especialmente, como se processa a semiose – teoria em movimento – desse processo de criação pelo autor. E, no decorrer do processo, quais as formas transgressoras adotadas por João Antônio nas normas e regras do jornalismo tradicional.

AUTORES / EDITORES

Luis Fernando Assunção

COLEÇÃO

Livros LabCom

ANO DA EDIÇÃO

2014

ISBN

978-989-654-164-4

Índice

INTRODUÇÃO - 1

1. PELOS BOTECOS, PELAS ESQUINAS - 7

2. JORNALISMO DE BEIRADAS - 21

3. LITERATURA OU JORNALISMO? - 57

4. SEMIOSE E REAL NA ESCRITA DE JOÃO ANTÔNIO - 115

CONCLUSÃO - 187

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS - 193
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