A MULHER-CINEASTA: DA ARTE PELA ARTE A UMA ESTÉTICA DA DIFERENCIAÇÃO
Os movimentos feministas não inventaram somente novas estratégias ou novos léxicos, mas, mais importante, conceberam um novo sujeito social, as mulheres: não apenas como leitoras, consumidoras e espectadoras de objectos culturais, mas também como escritoras, realizadoras e produtoras desses mesmos objectos culturais. O foco no cinema português realizado por mulheres correspondeu, assim, ao estudo de uma dupla invisibilidade: aquela que ultrapassa a consagração de alguns nomes, mas também o antagónico interesse da generalidade do público. Constatando-se que as cineastas portuguesas realizaram apenas 14 por cento das longas-metragens de ficção estreadas comercialmente nas últimas três décadas, defendem-se medidas de discriminação positiva, como a inserção de quotas na cedência de financiamentos e a própria criação de um festival de cinema de mulheres, em Portugal.
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