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Publicação de Comunicação

UMA GENEALOGIA DA ESPIRAL DO SILÊNCIO – A EXPRESSÃO DA OPINIÃO SOBRE AS PRAXES ACADÉMICAS

Em 1974, Elisabeth Noelle-Neumann apresentou a espiral do silêncio, uma teoria que tenta explicar a formação, continuidade, alteração, efeitos e funções da opinião pública. A opinião pública assume aqui como principal função assegurar a coesão social, ameaçando com o ostracismo e a exclusão os que se lhe opõem. A autora alemã sempre admitiu abertamente que a espiral do silêncio é tributária e subsidiária de outros autores. A sua teoria visava precisamente recuperar e resgatar um conceito de opinião pública que a autora dizia remontar à Antiguidade Clássica. Elaborar uma genealogia da espiral do silêncio é o primeiro objetivo deste trabalho. Para o efeito, partimos das referências deixadas pela própria autora nos seus textos e recorremos aos conceitos de público, espaço público e opinião pública. O segundo objetivo é testar empiricamente esta teoria da opinião pública. Teremos em conta as abordagens críticas e os desenvolvimentos metodológicos suscitados pela espiral do silêncio ao longo dos seus mais de 40 anos de vida. A expressão da opinião sobre as praxes académicas é o tema da nossa investigação empírica. Tendo por base uma amostra de 701 estudantes da Universidade da Beira Interior e do Instituto Politécnico da Guarda, pretendemos responder a duas questões principais. Primeira, serão os estudantes condicionados na expressão da sua opinião sobre as praxes académicas? Segunda, existirá uma espiral do silêncio associada às praxes académicas? Os resultados do nosso estudo empírico apontam para uma resposta afirmativa a estas duas questões.

AUTORES / EDITORES

José Carlos Alexandre

COLEÇÃO

Livros LabCom

ANO DA EDIÇÃO

2018

ISBN

978-989-654-467-6

Índice

Introdução - 15

Capítulo 1 - Uma aproximação ao conceito de público - 21
1.1 Três significados de público - 23
1.2 Um público ideal - 25
1.3 A era do público - 28
1.4 Atores e espetadores - 37
1.5 Em busca do público perdido - 42

Capítulo 2 - Dois conceitos afins de público: multidões e massas - 51
2.1 A ascensão das multidões - 52
2.2. O poder das massas - 66

Capítulo 3 - Opinião pública: da racionalidade argumentativa ao controlo social - 93
3.1 Breve incursão concetual - 95
3.2 Delimitação da noção de opinião pública - 96
3.3 A opinião pública no seu estado original segundo Habermas - 100
3.4 Crítica de Hegel e Marx à publicidade burguesa - 104
3.5. A opinião entre a tradição e a razão - 108
3.6 O espaço público ameaçado - 112
3.7 As razões de uma opinião pública sem razão - 129

Capítulo 4 - Opinião pública: da ameaça de isolamento ao estereótipo - 139
4.1 O jugo da opinião pública - 140
4.2 Opinião pública e sociabilidade natural do homem - 151
4.3 Walter Lippmann: a opinião pública no reino dos estereótipos - 162

Capítulo 5 - A teoria da espiral do silêncio - 177
5.1 Trinta imutáveis contra mil cata-ventos - 178
5.2 Prolegómenos - 181
5.3 Premissas e condições contingentes - 185
5.4 O ascendente do medo do isolamento - 187
5.5 Uma questão de perceção - 203
5.6 Um processo dinâmico e interativo e uma exceção - 208
5.7 O papel dos media - 212

Capítulo 6 - Espiral do silêncio: abordagens críticas e desenvolvimentos metodológicos - 229
6.1 Operacionalização da expressão da opinião - 230
6.2 Quando o silêncio não é uma opção - 236
6.3 Para além do medo do isolamento - 239
6.4 Opiniões minoritárias em linha - 243
6.5 Grupos de referência versus público anónimo - 246
6.6 Aproximação da espiral do silêncio a outras teorias - 249

Capítulo 7 - A expressão da opinião sobre as praxes académicas - 259
7.1 Enquadramento - 259
7.2 Questões de pesquisa e hipóteses - 273
7.3 Método - 279
7.4 Análise e discussão dos resultados - 289

Considerações Finais - 303

Bibliografia - 309
cima