Communication Studies Publication

PUBLICIDADE E CONSUMAÇÃO NAS SOCIEDADES CONTEMPORÂNEAS

Já presente na antiguidade clássica, a publicidade – entendida como qualidade daquilo que é público e colectivamente mobilizador – continua a ser um conceito central das sociedades. A reflexão que agora se divulga procura avaliar as suas mutações contemporâneas a partir do seu projecto dramático-expressivo, e estrutura-se em dois momentos. O primeiro tem por referência um entendimento genealógico da categoria de publicidade. São identificados vários modelos históricos de compreensão da publicidade culminando com uma interpretação estético-figuracional das práticas sociais hodiernas. O segundo momento, desenvolvendo um dos elementos principais da figurabilidade pública, relaciona a publicidade com a lógica social do consumo. A abordagem sócio-antropológica do consumo retira-lhe o pendor económico e coloca-o no âmago das sociabilidades enquanto consumação: uma forma comunicativa caracterizada por uma acção material que empenha simbolicamente o indivíduo na reprodução do vínculo social. A consumação interpela publicamente o individual a inscrever-se no colectivo funcionando como uma força centrípeta que fornece ao indivíduo um modo de reconhecimento da pertença.

Em ambos os momentos – na publicidade figurativa e na consumação – estamos perante uma acção simbólica promotora de integração social que reflecte o ímpar dinamismo dos processos sociais contemporâneos.

Preço da edição impressa: € 15

AUTHORS / EDITORS

Samuel Mateus

COLLECTION

LabCom Books

EDITION YEAR

2011

ISBN

978-989-654-069-2

Index

Intróito 3

1 Para uma outra Configuração da Publicidade  9

Preâmbulo   9
1.1 ParaumaGenealogiadaPublicidade  13
1.2 Prolegómenos de uma Publicidade como Estética da Figuração  53

2 Para uma Interpretação Socio-Antropológica do Consumo  115

Preâmbulo  116
2.1 A Procedência da Sociedade de Consumo  120
2.2 Uma Apreciação da Razão Económica – Radiografia do homo oeconomicus  133
2.3 A Lógica Social do Consumo – Radiografia do homo consumans  144
2.4 O Centro-Comercial como Espaço Público  183

Conclusão  201

Bibliografia  211
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